2 em cada 10 brasileiros se informam sobre política nas redes sociais
Mídias tradicionais ainda são maioria como fonte de informação, com 61% dos entrevistados preferindo sites e telejornais, segundo pesquisa da Alfa Inteligência.
Quando o tema é política, a maioria dos brasileiros ainda busca informações em mídias tradicionais, segundo pesquisa realizada pela Alfa Inteligência em maio deste ano. Mas as redes sociais já despontam como fator importante para o jogo eleitoral.
Os sites de notícias e os telejornais têm a preferência como fonte de informação para 31% e 30% dos entrevistados, respectivamente. As redes sociais aparecem em terceiro lugar com 19% da preferência. Revistas e jornais impressos ocupam a quarta posição, com 8%, e o rádio aparece em quinto lugar, com 3%.
Parentes e amigos são a fonte de informação política de 1% dos entrevistados, mesmo resultado alcançado pelos podcasts. Os outros 4% não souberam ou não responderam e 3% citaram outras fontes de informação.
O público feminino prefere os telejornais (33%) às redes sociais (15%), enquanto 27% dos homens declararam preferir os telejornais e 23% optam pelas redes sociais.
Além do gênero, a geração também parece influenciar nas escolhas de fonte de informação sobre política. Entre os chamados “Baby Boomers”, que são os nascidos entre 1945 e 1964, 36% preferem os telejornais. Na Geração X, que compreende os nascidos de 1965 a 1984, 34% dão preferência por buscar por informações sobre política nos telejornais. Já 42% na Geração Y, de pessoas que nasceram entre 1985 e 1999, **preferem se informar em sites de notícias.
Em relação ao grau de escolaridade, sites de notícias são os favoritos de 38% dos brasileiros que têm ensino superior, e os telejornais têm a preferência de 33% dos que estudaram até o ensino fundamental.
Entre as regiões brasileiras, o Norte e o Nordeste apresentam maior preferência que a média nacional por telejornais, com 38% e 32% da predileção, respectivamente. Já as redes sociais ganham mais espaço entre as pessoas da região Centro-Oeste (31%). No Norte e Nordeste, a preferência por redes sociais é apontada por 15% e 20% dos entrevistados, nesta ordem.
“Com a pesquisa notamos que, mesmo num cenário em que as redes sociais têm força, os portais tradicionais de notícias ainda têm muita penetração”, afirma Emanoelton Borges, diretor-executivo da Alfa Inteligência. A pesquisa foi realizada com mais de 2 mil pessoas acima de 16 anos em todas as regiões do Brasil.
Por Weruska Goeking, Valor Investe — São Paulo